sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

História para o teatro dos Robots

A partir de uma ideia da Maria e da mãe da Maria, decidimos começar a escrever uma história.

Antes de escrever a história, combinámos que iam aparecer 5 personagens (uma para cada robot):

uma menina
um menino
um vampiro
uma fada
um rato


Aqui está a história que inventámos com a colaboração da mãe da Maria e do pai do Vinícius.

Nós - azul
Mãe da Maria - cor-de-rosa
Pai do Vinicius - verde


********************************

Num dia de sol, uma menina chamada Alice vivia muito feliz num mundo cheio de flores.

De repente, um rato gigante empurrou a Alice para um esgoto na sua rua.

A água do esgoto corria com demasiada força, levando a Alice até um mundo desconhecido onde viviam vampiros.

Apareceu junto de Alice um vampiro que parecia muito simpático e convidou-a para jantar em sua casa. Mas ele tinha más intenções.

- Minha menina, como te chamas? És tão bonita. Gostava que fosses a minha casa jantar - disse o vampiro.

- Eu sou Alice. E tu quem és? – perguntou a menina meio acanhada.

- Eu sou um vampiro, mas dos bonzinhos – retorquiu ele, escondendo um sorriso malvado.

- A minha mãe sempre disse que eu não deveria aceitar convites de estranhos. Mas tu até pareces simpático…

- E sou mesmo muito bonzinho e tenho umas gomas muito apetitosas lá na minha casa – explicou o vampiro.


Mas o que Alice não podia imaginar é que o vampiro pensava mantê-la prisioneira na gruta onde morava. Sem hesitar, Alice partiu com o maléfico vampiro.

Que segredos guardaria ele? E que perigos encontraria Alice?

Alice seguiu o vampiro até à sua gruta.

Mal entraram na gruta o vampiro fê-la prisioneira.

Depois saiu de novo à procura de novas vítimas.

A menina estaca com raiva dela própria por ter caído naquela armadilha. A sua mãe já devia estar preocupada.

De repente, ouviu passos e uma voz que lhe era familiar:

- Pst! Não faças barulho. Venho salvar-te!

Por detrás da escuridão da fria gruta surgia uma figura pequena, era uma fada. Não uma fada qualquer, mas a fada madrinha da Alice, que sempre a protegia nas piores ocasiões.

- Estou tão feliz por te ver fadinha, tira-me daqui e leva-me para junta da minha mãe que já deve estar muito preocupada com a minha ausência! - disse a Alice, suspirando de alívio.

- Claro que te vou tirar daí Alice, nunca deves confiar em estranhos, já devias sabê-lo. - resmungou a fada.

E de um bolso, do seu lindo vestido cintilante, eis que a fada retira uma varinha mágica, e dizendo umas palavras (abracadabra, ziripum, abre-te cela e liberta a Alice), as grades acabaram por se derreter e a menina saiu a correr dali para fora.

Mas quando atravessava a gruta pareceu-lhe ouvir alguém chorar baixinho. E se por um lado tinha toda a vontade de sair dali, por outro, mais uma vez, a curiosidade foi maior e a Alice seguiu aquele som triste.


Numa cela tão escura quanto a que tinha ficado prisioneira estava agora um menino da sua idade:

- Como te chamas? O que fazes aqui? - perguntou a Alice ao menino.

- Chama-mo Vinicius e vim atrás de um vampiro que me pareceu ser muito simpático e que me convidou para jantar, mas quando aqui chegámos, empurrou-me para dentro desta cela fria e escura. Tenho tantas saudades dos meus pais...

- Está descansado, vou dizer à minha fada para que te liberte também e depois vamos sair daqui para fora o mais rápido possível - garantiu a Alice.

E assim foi, mais uma vez a fada madrinha retirou a varinha mágica a pronunciou as palavras.

Agora era correr o mais possível antes que o vampiro regressasse para jantar...

E caminharam durante muito tempo, várias vezes ficando com a sensação que andavam às voltas, pois os lugares onde passavam pareciam todos iguais.

Aquela gruta era feita de muitos túneis que davam uns para os outros, como num grande e escuro labirinto.

Sentaram-se, cansados e frustrados a tentar perceber como sair dali, quando a Alice se lembrou de chamar a fada. Chamou, chamou e nada aconteceu.

­- Onde andaria ela? Perguntou Alice a si própria.

- E onde estaria o Vampiro? Perguntou o Vinicíus. Já teria dado pela falta deles?

Tinham que sair dali e rápido. De repente, Vinicíus levantou-se bruscamente com a expressão de quem tinha tido uma grande ideia ou lembrado de algo importante.

-O Dentolas! Exclamou ele…

-Dentolas? Perguntou Alice. Quem é o Dentolas?

-Um rato meu amigo, ele é enorme e conhece bem todos os túneis do mundo, de certeza que me vai conseguir encontrar e levar-nos daqui para fora.

Alice estava incrédula.

- Esse teu amigo Dentolas foi quem me empurrou para o esgoto, é por causa dele que estou aqui. Disse ela furiosa.

- Talvez ele se tenha assustado contigo, ou tenha pensado que ias fazer-lhe mal. Ele é muito tímido e nervoso, mas é um pouco tolo e por vezes faz coisas sem pensar.

-Bom! De qualquer modo como pensas chamá-lo? Devemos estar tão longe de tudo!

- Eu tenho um apito especial que combinei usar se nos quiséssemos chamar. Ele é mesmo meu amigo, vais ver e aposto que até irás gostar dele.

Então o Vinicíus soprou várias vezes o apito, com toda a força dos seus pulmões.

Passado um bom bocado começaram a ouvir sons de um dos túneis.

Mas ficaram aterrorizados porque afinal apareceu o Vampiro. E eis que quando este já os estava quase a apanhar, surgiu de repente uma mancha grande e peluda, rosnando e guinchando forte de forma assustadora.

Logo o vampiro fugiu assustado e os dois amigos viram no escuro uma grande boca cheia de dentes e com um sorriso simpático que exclamou.

- Olá Vinicíus, estás bom?

Era o rato Dentolas!

Rapidamente ele os conduziu para a saída do labirinto de túneis e quando chegaram ao exterior ficaram tão felizes por de novo sentir o calor do sol na pele e o cheiro das flores, que começaram a saltar e a cantar de alegria.

Nesse mesmo dia, o Dentolas levou-os a conhecer a sua família, a mãe rata, que se chamava Orelhinhas e os três engraçados e divertidos filhos.

Eram uns verdadeiros malandrecos, mas muito alegres e simpáticos que os levaram a passear por aquele lindo mundo de flores e Sol.

Conheceram muitos outros habitantes dali. Vários pássaros de cores vistosas que brilhavam ao Sol, um bando de lagartixas que se divertiam a fazer corridas deslizando por uma encosta, os esquilos que faziam acrobacias nas árvores, e muitos outros amigos.

Mas o dia aproximava-se do fim. Alice e Vinicíus começaram a lembrar-se dos pais e mães que já deveriam estar preocupados.

Foram ter com o Dentolas e explicaram-lhe o seu problema.

Logo o rato lhes disse para subirem para as suas costas, que os levaria a casa num instante, através dos túneis.

Despediram-se de todos os novos amigos com a promessa de voltarem mais vezes, para brincar todos juntos naquele mar de flores, acariciado pelo Sol.

Nessa noite, a Alice e o Vinicíus, já nas suas camas, ficaram ainda muito tempo a pensar nas incríveis aventuras que tinham tido.

Para Alice aquele dia tinha sido também de uma grande lição. O vampiro que tinha sido muito simpático oferecendo guloseimas, afinal era mau e o rato gigante que ela tinha pensado ser um monstro, era um agradável e bondoso amigo.

FIM

Muito obrigada à mãe da Maria e ao pai do Vinicius.
A história ficou fantástica!

8 comentários:

  1. ...que medo! Um vampiro que parecia muito simpático mas com más intenções. Coitadinha da Alice, espero que não lhe aconteça nada de mal.

    Vai ficar muito engraçada a vossa história, tenho a certeza.

    Muitos beijinhos e parabéns pelo vosso trabalho.

    Mucha

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  2. Mais uma boa iniciativa. Parabéns de novo Teresa. E também a toda a classe que é especial, de meninos e meninas encantadores.

    Pela minha parte gostava de dar um pequeno contributo para a história, que neste momento já está a ficar muito emocionante.

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  3. Olá Pai do Vinicius

    E nós agradecemos o seu contributo. Pode enviá-lo através do espaço dos comentários ou através do caderno do Vinicius que depois acrescentamo-lo à história.

    Obrigada pela colaboração

    Teresa

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  4. Gostava de deixar aqui os parabéns por esta iniciativa fantástica de criar um blog com os progressos dos alunos, nesta grande caminhada do conhecimento.

    Sou a tia da Maria, e como vivo na Madeira para mim visitar o blog é uma enorme alegria, e uma hipótese única de acompanhar os trabalhos da minha sobrinha e dos seus colegas.

    Pelo vosso empenho e iniciativa, o meu maior agradecimento!

    Continuações de um excelente trabalho

    Natacha Pereira

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  5. Parabéns a todos. A história ficou muito bonita. Agora têm um novo desafio: transformar os vossos robots nos personagens da história.
    Já pensaram como vão fazer isso? Conseguem imaginar cada um dos robots nas várias personagens? Já pensaram nas ordens que vão dar a cada robot para eles conseguirem ser bons actores? Lembrem-se que têm de ser vocês a ensinar-lhes, eles sozinhos não vão conseguir, por isso precisam muito da vossa ajuda.
    Mãos à obra e bom trabalho.
    Beijinhos
    Paula

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  6. Olá
    Estivémos em Leiria a pensar sobre estratégias de formação em Competências TIC e visitámos o vosso Blog. A variedade e a integração das diversas actividades que fizeram foi o que mais me impressionou.
    Bom trabalho!
    João FIlipe Matos

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  7. Olá a todos!
    Li a vossa história e acho que está fantástica!
    Tenho muita pena mas acho que não vou poder estar no vosso teatro dos robots que, de certeza, vai ser muito bonito!
    Muitos Beijinhos!
    Teresa

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  8. Que história tão emocionante. Estou muito interessada em ver a peça de teatro.

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