Antes de escrever a história, combinámos que iam aparecer 5 personagens (uma para cada robot):
uma menina
um menino
um vampiro
uma fada
um rato
Aqui está a história que inventámos com a colaboração da mãe da Maria e do pai do Vinícius.
Mãe da Maria - cor-de-rosa
Pai do Vinicius - verde
Num dia de sol, uma menina chamada Alice vivia muito feliz num mundo cheio de flores.
De repente, um rato gigante empurrou a Alice para um esgoto na sua rua.
A água do esgoto corria com demasiada força, levando a Alice até um mundo desconhecido onde viviam vampiros.
Apareceu junto de Alice um vampiro que parecia muito simpático e convidou-a para jantar em sua casa. Mas ele tinha más intenções.
- Minha menina, como te chamas? És tão bonita. Gostava que fosses a minha casa jantar - disse o vampiro.
- Eu sou Alice. E tu quem és? – perguntou a menina meio acanhada.
- Eu sou um vampiro, mas dos bonzinhos – retorquiu ele, escondendo um sorriso malvado.
- A minha mãe sempre disse que eu não deveria aceitar convites de estranhos. Mas tu até pareces simpático…
- E sou mesmo muito bonzinho e tenho umas gomas muito apetitosas lá na minha casa – explicou o vampiro.
Mas o que Alice não podia imaginar é que o vampiro pensava mantê-la prisioneira na gruta onde morava. Sem hesitar, Alice partiu com o maléfico vampiro.
Que segredos guardaria ele? E que perigos encontraria Alice?
Alice seguiu o vampiro até à sua gruta.
Mal entraram na gruta o vampiro fê-la prisioneira.
Depois saiu de novo à procura de novas vítimas.
A menina estaca com raiva dela própria por ter caído naquela armadilha. A sua mãe já devia estar preocupada.
De repente, ouviu passos e uma voz que lhe era familiar:
- Pst! Não faças barulho. Venho salvar-te!
Por detrás da escuridão da fria gruta surgia uma figura pequena, era uma fada. Não uma fada qualquer, mas a fada madrinha da Alice, que sempre a protegia nas piores ocasiões.
- Estou tão feliz por te ver fadinha, tira-me daqui e leva-me para junta da minha mãe que já deve estar muito preocupada com a minha ausência! - disse a Alice, suspirando de alívio.
- Claro que te vou tirar daí Alice, nunca deves confiar em estranhos, já devias sabê-lo. - resmungou a fada.
E de um bolso, do seu lindo vestido cintilante, eis que a fada retira uma varinha mágica, e dizendo umas palavras (abracadabra, ziripum, abre-te cela e liberta a Alice), as grades acabaram por se derreter e a menina saiu a correr dali para fora.
Mas quando atravessava a gruta pareceu-lhe ouvir alguém chorar baixinho. E se por um lado tinha toda a vontade de sair dali, por outro, mais uma vez, a curiosidade foi maior e a Alice seguiu aquele som triste.
Numa cela tão escura quanto a que tinha ficado prisioneira estava agora um menino da sua idade:
- Como te chamas? O que fazes aqui? - perguntou a Alice ao menino.
- Chama-mo Vinicius e vim atrás de um vampiro que me pareceu ser muito simpático e que me convidou para jantar, mas quando aqui chegámos, empurrou-me para dentro desta cela fria e escura. Tenho tantas saudades dos meus pais...
- Está descansado, vou dizer à minha fada para que te liberte também e depois vamos sair daqui para fora o mais rápido possível - garantiu a Alice.
E assim foi, mais uma vez a fada madrinha retirou a varinha mágica a pronunciou as palavras.
Agora era correr o mais possível antes que o vampiro regressasse para jantar...
Aquela gruta era feita de muitos túneis que davam uns para os outros, como num grande e escuro labirinto.
Sentaram-se, cansados e frustrados a tentar perceber como sair dali, quando a Alice se lembrou de chamar a fada. Chamou, chamou e nada aconteceu.
- Onde andaria ela? Perguntou Alice a si própria.
- E onde estaria o Vampiro? Perguntou o Vinicíus. Já teria dado pela falta deles?
Tinham que sair dali e rápido. De repente, Vinicíus levantou-se bruscamente com a expressão de quem tinha tido uma grande ideia ou lembrado de algo importante.
-O Dentolas! Exclamou ele…
-Dentolas? Perguntou Alice. Quem é o Dentolas?
-Um rato meu amigo, ele é enorme e conhece bem todos os túneis do mundo, de certeza que me vai conseguir encontrar e levar-nos daqui para fora.
Alice estava incrédula.
- Esse teu amigo Dentolas foi quem me empurrou para o esgoto, é por causa dele que estou aqui. Disse ela furiosa.
- Talvez ele se tenha assustado contigo, ou tenha pensado que ias fazer-lhe mal. Ele é muito tímido e nervoso, mas é um pouco tolo e por vezes faz coisas sem pensar.
-Bom! De qualquer modo como pensas chamá-lo? Devemos estar tão longe de tudo!
- Eu tenho um apito especial que combinei usar se nos quiséssemos chamar. Ele é mesmo meu amigo, vais ver e aposto que até irás gostar dele.
Então o Vinicíus soprou várias vezes o apito, com toda a força dos seus pulmões.
Passado um bom bocado começaram a ouvir sons de um dos túneis.
Mas ficaram aterrorizados porque afinal apareceu o Vampiro. E eis que quando este já os estava quase a apanhar, surgiu de repente uma mancha grande e peluda, rosnando e guinchando forte de forma assustadora.
Logo o vampiro fugiu assustado e os dois amigos viram no escuro uma grande boca cheia de dentes e com um sorriso simpático que exclamou.
- Olá Vinicíus, estás bom?
Era o rato Dentolas!
Rapidamente ele os conduziu para a saída do labirinto de túneis e quando chegaram ao exterior ficaram tão felizes por de novo sentir o calor do sol na pele e o cheiro das flores, que começaram a saltar e a cantar de alegria.
Nesse mesmo dia, o Dentolas levou-os a conhecer a sua família, a mãe rata, que se chamava Orelhinhas e os três engraçados e divertidos filhos.
Eram uns verdadeiros malandrecos, mas muito alegres e simpáticos que os levaram a passear por aquele lindo mundo de flores e Sol.
Conheceram muitos outros habitantes dali. Vários pássaros de cores vistosas que brilhavam ao Sol, um bando de lagartixas que se divertiam a fazer corridas deslizando por uma encosta, os esquilos que faziam acrobacias nas árvores, e muitos outros amigos.
Mas o dia aproximava-se do fim. Alice e Vinicíus começaram a lembrar-se dos pais e mães que já deveriam estar preocupados.
Foram ter com o Dentolas e explicaram-lhe o seu problema.
Logo o rato lhes disse para subirem para as suas costas, que os levaria a casa num instante, através dos túneis.
Despediram-se de todos os novos amigos com a promessa de voltarem mais vezes, para brincar todos juntos naquele mar de flores, acariciado pelo Sol.
Nessa noite, a Alice e o Vinicíus, já nas suas camas, ficaram ainda muito tempo a pensar nas incríveis aventuras que tinham tido.
Para Alice aquele dia tinha sido também de uma grande lição. O vampiro que tinha sido muito simpático oferecendo guloseimas, afinal era mau e o rato gigante que ela tinha pensado ser um monstro, era um agradável e bondoso amigo.
Muito obrigada à mãe da Maria e ao pai do Vinicius.
A história ficou fantástica!